

Clarice Lispector
Patronesse - Cadeira: 82
"Clarice
Lispector (Haia Lispector) nasceu em 10 de dezembro de 1920, em Tchetchelnik,
na Ucrânia. Seus pais eram judeus e, quando a filha nasceu, estavam saindo do
país em busca de um lugar melhor para viver. Assim, eles e suas três filhas
chegaram ao Brasil em 1922 e foram viver em Maceió. Aqui, a menina Haia passou
a ser chamada de Clarice.
Em
1925, a família se mudou para Recife. Três anos depois, Clarice começou a
estudar na escola João Barbalho e aprendeu a ler. Já em 1930, a autora escreveu
seu primeiro texto literário, uma peça de teatro intitulada Pobre menina rica,
a qual não existe mais. Nesse mesmo ano, ficou órfã de mãe."
"Dois
anos depois, passou a estudar no Ginásio Pernambucano. Mas, em 1935, ela e a
família fixaram residência na cidade do Rio de Janeiro, onde terminou o ginásio
(ou ensino médio) em 1936. Três anos depois, começou a estudar na Faculdade
Nacional de Direito.
Paralelamente
aos estudos, escrevia contos e trabalhava como redatora e repórter na Agência
Nacional. No ano de 1940, se apaixonou pelo escritor Lúcio Cardoso (1912-1968).
Ele, porém, era homossexual. Assim, se tornaram grandes amigos. Nesse mesmo
ano, o pai da escritora morreu. Ela então passou a morar com suas duas irmãs,
na casa de uma delas, que já era casada. Em 1942, iniciou o namoro com seu
futuro marido Maury Gurgel Valente (1921-1994).
No
ano seguinte, se casou, terminou a faculdade de Direito, além de conseguir
obter a naturalização como brasileira. E publicou seu primeiro romance — Perto
do coração selvagem. O livro ganhou o prêmio Graça Aranha, como melhor romance
do ano. Como o marido era cônsul, se mudou com ele para Belém em 1944. Seis
meses depois, eles foram viver em Nápoles, na Itália. Em 1945, a autora
trabalhou como voluntária no atendimento a feridos de guerra.
No
ano seguinte, o casal se mudou para a Suíça, onde nasceu o primeiro filho. Já
em 1949, voltaram a morar no Rio de Janeiro. Mas, em 1950, regressaram à
Europa, agora para viver na Inglaterra, onde moraram por seis meses antes de
voltarem ao Brasil. Já em 1952, a família fixou residência em Washington, nos
Estados Unidos, onde nasceu o segundo filho do casal.
Nesse
país, Clarice ficou amiga da família do escritor Erico Verissimo (1905-1975).
Mas, em 1959, quando se separou do marido, voltou a morar no Brasil, em
companhia dos filhos. No ano de 1961, ganhou o Prêmio Jabuti pelo seu livro de
contos Laços de família. No ano seguinte, recebeu o prêmio Carmen Dolores
Barbosa.
Anos
depois, em 1966, ocorreu um incêndio em sua casa após a escritora adormecer e
deixar um cigarro aceso. As queimaduras em seu corpo fizeram com que ela
ficasse internada durante dois meses. Assim, em 1967, passou por forte
depressão. Apesar disso, começou a escrever crônicas para o Jornal do Brasil e
ficou bastante popular.
No
ano seguinte, também passou a fazer entrevistas com políticos e artistas para a
revista Manchete. Além disso, recebeu o prêmio Golfinho de Ouro pelo seu
romance Uma aprendizagem ou O livro dos prazeres, de 1969. Já em 1975, decidiu
se dedicar também à pintura.
Em
1976, viajou à Argentina, onde recebeu muitas homenagens. Nesse ano, também
recebeu, no Brasil, o prêmio da Fundação Cultural do Distrito Federal, pelo
conjunto da obra. Mas morreu em 9 de dezembro de 1977, no Rio de Janeiro,
devido a um câncer no ovário. Clarice foi sepultada no Cemitério Comunal
Israelita."
Veja
mais sobre "Clarice Lispector" em:
https://brasilescola.uol.com.br/biografia/clarice-lispector.htm
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