Alfredo Ceschiatti

Patrono - Cadeira: 13

Um dos principais escultores do modernismo brasileiro, Alfredo Ceschiatti, filho de pais italianos, nasceu em Belo Horizonte no dia 1 de setembro de 1918. Antes de se apaixonar pela escultura, viaja pela Itália no final dos anos 30 graças a uma bolsa do governo daquele país que privilegia filhos de imigrantes. Encanta-se com as obras dos artistas renascentistas. Na volta, reside no Rio de Janeiro, ingressando na Escola Nacional de Belas-Artes.

Em 1945, atendendo ao convite de Oscar Niemeyer, realiza o baixo-relevo do batistério da Igreja São Francisco de Assis, na Pampulha, Belo Horizonte. Com essa obra ganha o Prêmio de Viagem ao Estrangeiro, permanecendo na Europa até 1948.

Sempre fiel à expressão plástica decorativa, deu início à sua colaboração com Niemeyer, contribuindo com várias obras marcantes em Brasília. É dele As banhistas, bronze no espelho d’água do Palácio da Alvorada, A Justiça, granito em frente ao Supremo Tribunal Federal, Os anjos e Os evangelistas, suspensos no céu da Catedral e As gêmeas, bronze, cobertura do Palácio Itamarati. A obra O contorcionista é considerada monumento em movimento. A escultura em bronze não polido foi criada em 1952, mas só 28 anos depois, em 1980, iria embelezar o foyer da Sala Villa-Lobos, no Teatro Nacional.

Entre 1960 e 1961 integra a Comissão Nacional de Belas Artes e com a criação da Universidade de Brasília, leciona escultura e desenho entre os anos de 1963 e 1965. Morre em 25 de agosto de 1989, no Rio de Janeiro, tendo trabalhos expostos nos principais museus brasileiros. Seu talento é reconhecido internacionalmente.

O artista, que se interessa muito pelo barroco mineiro, resgata alguns elementos dessa tradição em vários de seus trabalhos, aliando-os a uma maior simplificação formal.

O escultor explora bastante a figura feminina, representada em suas obras com formas curvilíneas, puras, arredondadas, que têm, como contraponto, a movimentação dos planejamentos.

Ceschiatti desenvolve suas esculturas por meio de um traçado sensível, proporcionando equilíbrio e leveza a obras como os Anjos da Catedral de Brasília, ou o Contorcionista (1952).

Várias de suas obras estão em espaços e edifícios públicos, entre eles: o Palácio da Alvorada, a Praça dos Três Poderes e o Palácio dos Arcos, em Brasília; o Memorial da América Latina e a Praça da Sé, em São Paulo; aterro do Flamengo no Rio de Janeiro e a Embaixada do Brasil em Moscou.

Em nova parceria com Niemeyer, tornou-se o principal escultor da nova capital do País em Brasília, entre elas:

As Duas Irmãs (1966), no Palácio dos Arcos;

Os Anjos (1970) e os Evangelistas (1968), na Catedral Metropolitana de Brasília,

No Supremo Tribunal Federal: Cristo e a Justiça (em granito),

No Teatro Nacional: a Contorcionista,

Na Câmara dos Deputados: Fragmento de Anjo,

No Senado Federal: As Banhistas (bronze), no Palácio da Alvorada: Flora, Tanagra e Banhista,

No Palácio do Jaburu: Leda e o Cisne,

Na Catedral: Os anjos e Os Evangelistas,

As gêmeas, em bronze, na cobertura do Palácio Itamaraty;

Anjo, em bronze dourado na Câmara dos Deputados do Brasil;

A Contorcionista, no foyer da Sala Villa-Lobos do Teatro Nacional Cláudio Santoro.