Sebastião Bernardes de Souza Prata - GRANDE OTELO

Patrono - Cadeira: 81

Grande Otelo, nasceu em 15 de outubro 1915, nasceu na cidade de Uberlândia, faleceu em 26 de novembro de 1993 em Paris, França.

Foi Ator, comediante, produtor, cantor e compositor. Grande artista de cassinos cariocas e do chamado teatro de revista, participou de diversos filmes brasileiros de sucesso, entre os quais as famosas comédias nas décadas de 1940 e 1950, que estrelou em parceria com o cômico Oscarito, e a versão cinematográfica de Macunaíma, realizada em 1969. É frequentemente citado com um dos maiores atores da história do Brasil.

Sua vida teve várias tragédias. Seu pai morreu esfaqueado e a mãe era alcoólatra. Quando já era um ator consagrado, sua mulher cometeu suicídio logo após matar com veneno seu filho de seis anos de idade, que era enteado do ator.

Grande Otelo vivia em Uberlândia quando conheceu uma companhia de teatro mambembe e fugiu com eles, com o consentimento da diretora do grupo, Abigail Parecis, que o levou para São Paulo. Ele voltou a fugir e acabou no Juizado de Menores, até ser adotado pela família do político Antonio de Queiroz. Otelo estudou então no Liceu Coração de Jesus, até a terceira série ginasial.

Participou na década de 1920, da Companhia Negra de Revistas, que tinha Pixinguinha como maestro.[3]

Foi em 1932 que entrou para a Companhia Jardel Jércolis, um dos pioneiros do teatro de revista. Nesta época ganhou o apelido de Grande Otelo, que adotou como nome artístico.

Em 1942 participou do filme It s All True, de Orson Welles. O intérprete e diretor norte-americano considerava Grande Otelo o maior ator brasileiro.

Fez inúmeras parcerias no cinema, sendo a mais conhecida com Oscarito. Depois os produtores formariam uma nova dupla dele com o cômico paulista Ankito. No final dos anos 50, Grande Otelo formou dupla em vários espetáculos musicais e também no cinema, com Vera Regina, uma negra alta que lembrava a famosa dançarina americana naturalizada francesa Josephine Baker. Com o fim da parceria, Otelo passou por um período de crise, até voltar ao sucesso no cinema com sua grande atuação como o personagem título de Macunaíma (1969), baseado na obra de Mário de Andrade. Em 1974, estrelou ao lado de Miriam Batucada o exitoso espetáculo Samba, coisa e tal, produzido por Haroldo Costa. Participou também do filme de Werner Herzog, Fitzcarraldo, de 1982, filmado na floresta amazônica.