Rogério Cardoso Furtado - Rolando Lero
Patrono - Cadeira: 30
[07 / 03 / 1937 <==> 24 / 07 / 2003]
Ator e Humorista
Rogério Cardoso foi um famoso humorista e ator
brasileiro, o qual é mais lembrado pelo seu personagem "Rolando Lero"
da Escolinha do Professor Raimundo.
Rogério Cardoso Furtado nasceu na cidade de Mococa, no
interior de São Paulo, em 07 de março de 1937.
Filho de Paulo Cardoso Furtado e Maria Panizza é o primogênito de uma família
de cinco irmãos.
Tem três filhos e seis netos.
O artista passou toda sua infância e adolescência na cidade natal, onde teve
sua formação escolar básica cursando o primário, ginásio e científico na antiga
Escola Normal de Mococa, hoje Instituto de Educação Oscar Villares.
Em Ribeirão Preto, interior de São Paulo, estudou Odontologia por dois anos na
Faculdade de Odontologia e Farmácia e interrompeu os estudos para seguir
carreira artística.
Rogério iniciou a carreira artística em 1952, como contra-regra de rádio
teatro, na Zyr-25 Rádio Clube de Mococa, em um tempo em que o rádio ainda era
mais importante que a televisão.
Não demorou muito para que passasse a atuar no programa dominical Risos e
Melodias, comandado por Geraldo Catalano, onde revelou seu talento cantando e
contando piadas.
A música sempre fez parte de sua carreira.
Rogério foi compositor de músicas de sucesso que deixaram seu nome na memória
do mercado fonográfico nacional, com canções que chegaram a ter mais de uma
gravação, com destaque especial para a letra em português Pequeno Mundo, com
mais de 15 gravações, inclusive gravada por Silvio Santos e cantada até hoje.
Em Ribeirão Preto, para onde se transferiu em 1956, integrou-se à equipe da
Pra-7 Rádio Clube de Ribeirão Preto.
Lá encontrou colegas que se tornariam grandes parceiros e amigos ao longo de
sua carreira como Moacyr Franco, Aloísio Silva Araújo, Silvério Neto e Roberto
Barreiros.
Foi também em Ribeirão, na companhia de Teatro Pra-7 Ribalta, que Rogério fez
sua estréia nos palcos atuando em A Ditadura, de Paulo Magalhães, em 1958.
Na TV, estreou em 1963 nos programas humorísticos da extinta TV Excelsior,
(Meio Século de Espetáculos, A Cidade se Diverte, Time Saquare, Vovôdeville e
Moacyr Franco Show) e continuou a carreira em programas de humor na TV Tupi
(Deu a Louca no Show, Black and White), na Record, (Praça da Alegria, Hotel do
Sossego) e Globo (Chico City, Os Trapalhões, Balança mas não cai, A Festa é Nossa,
Humor Livre, Viva o Gordo e Chico Anysio Show, entre outros).
Rogério Cardoso chegou a atuar em quase todas as emissoras do País.
Desde A Ditadura, Rogério participou de aproximadamente 40 espetáculos.
Seu último trabalho no teatro foi em Três Homens Baixos, ao lado de Jonas Bloch
e Flávio Galvão.
Apenas uma "Esperando Godot" não é considerada comédia.
Um caminho natural, segundo o próprio Rogério, que já foi considerado pela
crítica especializada como um dos "melhores cacos" (improviso) do
teatro brasileiro e continuamente comparado ao talento de um dos maiores
comediantes do país: Oscarito.
Suas peças teatrais, além do humor, têm uma marca registrada: nunca ficaram
menos de um ano em cartaz.
Em alguns anos como em 1991, chegou a estar em cena com três espetáculos
diferentes em cidades distintas.
Foram inúmeras turnês pelas capitais e principais cidades do interior do Brasil
divertindo o público.
O artista atuou também nas novelas A Mãe, exibida pela Excelsior em 1964;
Cinderela, de 1977, e nas globais A Gata Comeu e Explode Coração.
Rogério Cardoso fez ainda as minisséries O Auto da Compadecida e Hilda Furacão,
além de vários episódios de Comédias da Vida Privada, todas da Globo.
Em 1983, já com carreira artística consolidada, formou-se bacharel em Direito
pela escola de Direito de Pinhal, tendo cumprido estágio pela OAB - Ordem dos
Advogados do Brasil - do Rio de Janeiro, onde obteve seu registro profissional.
Em 1996 foi eleito primeiro suplente à cadeira de vereador na câmara municipal
do Rio de Janeiro.
Rogério Cardoso assumiu e cumpriu mandato por dois anos (de 1999/2000).
Seus projetos de lei deram prioridade à saúde e educação, especialmente em
questões relacionadas à primeira infância.
Sempre compondo grandes elencos e contracendo com artistas de renome, Rogério
subiu sozinho ao palco somente após completar quarenta anos de carreira, no seu
espetáculo Enfim Só..., de 1993, onde mescla musicais, casos e piadas.
Apesar da extensa carreira na TV e nos palcos, Rogério Cardoso só
"conheceu" o cinema no final dos anos 90.
Junto à onda de revigoração do cinema brasileiro, o ator participou, em apenas
quatro anos, de seis filmes de longa-metragem e de dois curtas.
Seu último trabalho foi em Cristina quer Casar, longa de 2002 do diretor Luiz
Villaça, onde contracenou com Denise Fraga.
Em 2002, Rogério comemorou 50 anos de carreira.
Em seu último trabalho na TV, Rogério deu vida ao "Seu Flor" de A
Grande Família, ao lado de Marieta Severo e Marco Nanini, e um quadro no
humorístico "Zorra Total", da Globo, no qual vivia com Nair Bello a
dupla imbatível Epitáfio e Santinha.
Causa da Morte:
Rogério Cardoso morreu na manhã de 24 de Julho de 2003 com 66 anos de idade,
devido à um infarto fulminante do coração, quando estava dormindo em sua em
Copacabana no Rio de Janeiro.
Sepultamento: Cemitério Municipal de Mococa.
Rua Barão de Monte Santo, s/n.
Mococa - S.P. - Brasil.